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Artigo

Riscos não cobertos pelo seguro, como evitá-los?

O tema “riscos não cobertos pelos seguros” pode ser bem abrangente, no entanto, direcionaremos o assunto para um nicho específico que compõe o imenso mercado de seguros corporativos, o das empresas nacionais, com gestões familiares e que apresentam grande potencial de crescimento.

A primeira característica relevante desse tipo de negócio, é que a maior parte das companhias não conta com a figura do gerente de riscos, diferentemente das multinacionais e organizações de capital estrangeiro, nas quais a cultura de seguros é mais estabelecida. Essa função, geralmente é exercida inicialmente pelo setor financeiro - ao lado do “dono” - e posteriormente pela área de suprimentos, quando a empresa se torna um pouco maior e busca melhorar suas práticas.

Infelizmente, dentro desse formato de contratação, a renovação das apólices acaba acontecendo de forma automática na maioria das vezes, sem nenhum tipo de adequação às reais necessidades do negócio. É exatamente por essa razão que surgem os gaps de cobertura, que identificados no momento do sinistro, trazem transtornos consideráveis.

Portanto, é necessário que na ausência do gerente de riscos, as empresas nacionais e familiares contem com o auxílio do corretor de seguros profissional e este deverá estar apto a executar algumas tarefas que vão além da leitura da apólice. É fundamental ressaltar que não é interessante para a seguradora deixar de atender as expectativas de seus clientes, o que precisa acontecer então é o alinhamento contratual.

O papel do Risk Manager ou Corretor de Seguros

  • Avaliar, identificar e dimensionar os riscos
  • Estruturar um planejamento
  • Buscar as melhores alternativas de custo, condições técnicas e coberturas para a escolha mais adequada do seguro, considerando os riscos que devem ser transferidos ou assumidos, de acordo com as estratégias da empresa.

Muitas vezes, a gestão de risco nos negócios familiares é negligenciada ou incompleta por conta de um outro fator característico desse tipo de negócio: a relação de parceria e confiança entre o proprietário da empresa e a corretora de seguros que o acompanha desde o início. Os laços emocionais criam dificuldades na transferência de funções, mesmo que a corretora, por alguma limitação técnica, não esteja mais atendendo as exigências da companhia. Contudo, essa situação tende a mudar quando toda a empresa passa por um processo de amadurecimento e desenvolvimento.

A partir daí, seja com o treinamento de um profissional interno ou com a contração de uma corretora mais preparada para realizar a gestão de riscos de forma estratégica, as defasagens de cobertura das apólices podem ser corrigidas e os contratos ajustados para suprir às especificidades do negócio.

Dentro da Marsh, o projeto Corporate foi desenhado para atender as empresas nacionais com a expertise do corretor global aliada à proximidade do corretor local. Dessa forma, tem sido possível oferecer uma assistência rápida e um processo de regulação de sinistro ágil, considerando que as empresas familiares lidam com seus recursos e fluxo de caixa de maneira distinta das companhias maiores e das multinacionais. 

Autor:

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Luciano Cardoso

Superintendent Marsh Brazil, Agro & Food and Beverage