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Artigo

Etanol de milho: cenário global instável reforça importância do gerenciamento de riscos

Especialistas alertam que fatores incontroláveis podem afetar projetos de Etanol de Milho, mas estratégias podem mitigar riscos e apoiar a expansão do setor.

Para especialista da Marsh McLennan, fatores incontroláveis podem comprometer a evolução e a sustentabilidade dos projetos, mas é possível atuar de forma estratégica para mitigar ameaças e impulsionar a expansão do setor.

As projeções para a expansão do etanol de milho no Brasil são animadoras: um levantamento do Itaú BBA indica que os projetos em pauta demandam investimentos na ordem de R$ 20 bilhões. Esse movimento reflete a confiança dos investidores, mas a alta expectativa de retorno também pede uma abordagem robusta de gerenciamento de riscos.

De acordo com o Superintendente de Agronegócio da Marsh Brasil, Raphael Juliace, o contexto é repleto de incertezas que vão além das variáveis operacionais tradicionais. “A oscilação de taxas de juros e a variação cambial podem afetar os custos e o retorno dos investimentos. Já as tensões geopolíticas podem afetar cadeias de suprimentos, preços de commodities e políticas comerciais”, alerta o especialista.

Segundo Juliace, essa volatilidade exige estratégias personalizadas para ajudar as empresas a mitigarem riscos. “Temos ferramentas para identificar uma ampla gama de riscos financeiros, operacionais e de mercado que podem impactar os projetos de etanol. Trabalhamos para garantir que as empresas estejam preparadas para enfrentar incertezas e possam continuar operando mesmo diante de crises”, explica.

Raphael também destaca o impacto das mudanças climáticas no setor. Estudos e modelagens climáticas têm se tornado fundamentais para prever cenários futuros e entender como eventos extremos podem afetar a produção de etanol, além de orientar estratégias de mitigação como a diversificação de culturas e a adoção de tecnologias sustentáveis.

Até mesmo a carência de mão de obra especializada pode ser um entrave. “Atrair e reter talentos, especialmente em regiões desafiadoras e remotas, exige uma política de recursos humanos que vá além do aspecto financeiro, considerando também a qualidade de vida e as expectativas da nova geração. Uma consultoria de desenvolvimento organizacional focada nas particularidades do agronegócio pode fazer toda a diferença”, orienta.

Esses cuidados, somados a uma revisão contínua das estratégias, permitem que o capital investido não fique exposto a perdas desnecessárias. Assim, as iniciativas podem prosperar mesmo diante de um cenário mundial incerto.