É desejável revisar o plano de assistência médica em busca de maior eficiência e sustentabilidade.
O Brasil está ingressando em uma nova configuração de perfil demográfico. A queda das taxas de natalidade e de mortalidade registradas no país têm provocado rápidas mudanças no ritmo de crescimento da população. A projeção da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad) é que a população brasileira atingirá o seu máximo em 2030, com um total 204,3 milhões de habitantes. Para 2035, a projeção é de que caia para 200,1 milhões.
O efeito da queda das taxas de natalidade é o envelhecimento da população. O declínio teve início na segunda metade dos anos 60, e a estimativa é de que a partir de 2030, teremos uma população “envelhecida" no Brasil, assemelhando-se às de países da Europa Ocidental, Rússia e Japão. O número de brasileiros acima de 65 anos deve quadruplicar até 2060. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões em 2013, para 58,4 milhões de pessoas em 2060.
O envelhecimento da população, está provocando também um aumento significativo no número de pessoas com idade superior a 80 anos. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, em 1992 o grupo de pessoas com idade superior a 80 anos, passou de 1% para 1,4%, o que representa um contingente de 1,6 milhões de brasileiros acima de 80 anos.
Essa é a quarta fase (pós-industrial) da mudança no perfil demográfico, baseada na teoria do demógrafo estadunidense, Warren Thompson. Na terceira fase (industrial), de acordo com o demógrafo, a fecundidade diminui e o crescimento demográfico se mantém em nível moderado. Já o segundo estágio (era moderna), marcado pelo desenvolvimento industrial, econômico e social das populações, é o período marcado pelo rápido decréscimo das taxas de mortalidade, enquanto as taxas de natalidade demoram a cair. E na primeira fase (pré-moderna), por sua vez, as taxas de natalidade e a mortalidade são elevadas, característica predominante em países essencialmente rurais.
Essas mudanças demográficas e o envelhecimento da população brasileira impactam diretamente na saúde, qualidade de vida e bem-estar. No Brasil, cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas, possui pelo menos uma doença crônica, segundo dados levantados pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hipertensão, problemas na coluna e colesterol alto estão entre as prevalências no país, principalmente quando analisada a população com idade acima de 60 anos ou mais.
Nesse contexto, qual é o impacto deste cenário nas empresas e quais são os desafios para o RH? Os gastos com saúde avançam com o envelhecimento. Tanto as empresas quanto os trabalhadores hoje em atividade, ou já aposentados, estão mais preocupados com os custos da saúde no futuro devido à maior expectativa de vida. Os custos da assistência médica, o principal benefício oferecido pelas companhias aos seus colaboradores, tem crescido ano após ano, graças à inflação médica, sempre superior à inflação de preços no Brasil, como também ao envelhecimento da população e o uso inadequado dos serviços.
No caso das empresas, é desejável revisar o plano de assistência médica e seus programas de gestão saúde, qualidade de vida e bem-estar em busca de maior eficiência para ajudar os colaboradores no planejamento e cuidados com a saúde no longo prazo. Neste cenário, é possível mitigar alguns dos impactos esperados, de forma integrada e coesa, propiciando uma relação custo versus benefício mais equilibrada no longo prazo através de ações, como, por exemplo:
• Revisar o desenho dos planos de saúde oferecidos aos colaboradores ativos e inativos, tornando-os mais simples, porém garantindo um nível de satisfação adequado e a manutenção de sua qualidade;
• Introduzir mecanismos de compartilhamento de custos empresa e colaboradores, principalmente os modelos de co-participação (fator moderador), muito importantes na criação de um ambiente de parceria e responsabilidade conjunta;
• Desenvolver programas de prevenção e educação à saúde, visando a melhoria da qualidade de vida das pessoas, fundamental no controle dos custos assistenciais a médio e longo prazos;
• Mapear os riscos de saúde dos colaboradores e seus familiares, com o objetivo de se identificar as populações com grau mais elevado de riscos e que necessitam de atenção imediata;
• Desenvolver programas de gerenciamento de doenças crônicas e de casos de alto risco;
• Investir em programas de comunicação com os colaboradores, fazendo com que o plano de saúde seja utilizado com mais consciência, eliminando assim boa parte dos custos associados à utilização indevida ou desnecessária;
• Construir um modelo de gestão integrando as principais ações de saúde, relacionadas com a medicina assistencial e ocupacional, criando bancos de dados históricos visando um melhor gerenciamento da informação ao longo dos anos.
Estas ações podem ser tomadas em conjunto ou até mesmo isoladamente, porém notadamente algumas delas envolvem investimentos de médio e longo prazo e nem sempre são de fácil mensuração. O importante é que as empresas tenham a consciência de que é necessário dar o primeiro passo, mesmo que aparentemente tímido, para reduzir a inquietação que hoje vivem em relação ao custo crescente do benefício saúde.
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